Zeitune: “Guti não é mais meu prefeito”.
A crise no governo municipal parece não ter data para acabar. Após o vereador Marcelo Seminaldo (PT) denunciar o vice-prefeito Alexandre Zeitune (Rede) por supostamente pedir R$12 milhões para financiar sua campanha ao Governo do Estado a um empresário e resultar na abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), Zeitune subiu à Tribuna da Câmara Municipal nesta quinta-feira, dia 1º, para reforçar uma denúncia sobre o gasto de R$10 milhões em livros de didáticos pela Prefeitura e disparou “Guti não é mais meu prefeito”.
O vice-prefeito usou a palavra para reforçar que não teve acesso aos áudios que culminaram em sua investigação na Câmara e de que apoia a investigação. “Estou sendo acusado e não tenho sequer chance de defesa, pois o presidente da Casa não me disponibilizou por ‘questões regimentais. Não aceito esse achincalhamento (sic), esse caso tem que ser apurado de maneira profunda”, relatou. Segundo Seminaldo, o autor da denúncia, um pen drive com 14 fragmentos de áudios foram deixados em um envelope em seu escritório político.
Mas Zeitune também aproveitou para atacar Guti e o seu governo. Disse que o prefeito não mais o representa e que usurpa o poder da sociedade. “Guti não é mais o meu prefeito. Ele foi, durante os seus primeiros meses de mandato, quando atendia os vereadores, tinha um modelo de atendimento à população, mas agora não é mais”, disse.
E desafiou o prefeito a construir um novo modelo de governo e afirmou que, caso contrário, haverá embate. “Está na hora de passar a cidade a limpo ou haverá um grande enfrentamento de sistemas, estou pronto para esse enfrentamento”, concluiu.
Denúncia – O vice-prefeito entregou documentos à vereadora Janete Pietá (PT) para que a compra de material paradidático pela Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secel) seja apurada. A Prefeitura gastou mais de R$10 milhões ao adquirir o material de duas empresas que pertencem aos mesmos donos.
