Temer assina decreto para que militares assumam segurança do Rio de Janeiro
Após reunir-se com Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro, no início da madrugada desta sexta-feira, dia 16, Michel Temer assinou o decreto de intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro.
A medida prevê que o Exército Brasileiro seja responsável pelas polícias Civil e Militar até o final de 2018. A decisão segue para aprovação do Congresso Nacional. O general Walter Souza Braga Netto é quem será o interventor federal e também assumirá o comando da Secretaria de Administração Penitenciária e do Corpo de Bombeiros.
Com a intervenção, a votação para aprovação da Reforma da Previdência fica suspensa, pois alterações na Constituição Federal são proibidas em casos como este. Para deputados da oposição, esta é uma saída para evitar a derrota nas votações, além de motivar a manutenção de seu bloco no poder. “A autorização de Temer para intervenção militar no Rio de Janeiro pode ser uma brecha para se instaurar um regime de exceção, dando margem para repressão direta, inclusive contra os movimentos sociais”, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT) alega que assinatura do decreto significa a ‘bolsonarização’ do governo ilegítimo e teme pelo direito de manifestação pela ameaça da prisão de Lula. “Uma medida desnecessária e populista. Bastava baixar um decreto de Lei e Ordem (GLO) e, a partir daí, as Forças Armadas coordenariam a segurança pública no Rio. A atitude do governo foi tomada para dialogar com o populismo na área de segurança pública”, afirmou, em sua página no Facebook.