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Semana de aniversário da Caixa é marcada por início de processo de privatização

Na semana em que a Caixa completa 159 anos, os empregados não têm nada a comemorar, só lamentar. Isso porque, o presidente do banco, Pedro Guimarães, anunciou que a parceria entre a Caixa Seguridade e a Tokio Marine para a comercialização de seguros residencial e habitacional pelo canal bancário da Caixa é a primeira de uma série de outras que devem ser anunciadas ainda neste mês.

A instituição brasileira e a filial da seguradora japonesa celebraram, na segunda-feira, um acordo que prevê a criação de uma nova companhia para distribuir produtos de seguros ligados ao mercado imobiliário na rede do banco estatal, composta por agências, lotéricas e correspondentes. O acerto vai valer por 20 anos a contar de 2021.

Para piorar, a Caixa está bem perto de bater o martelo em relação aos bancos que vão assessorá-la na abertura de capital de sua operação de seguros, a primeira na história do banco público.

As reuniões com potenciais assessores ocorreram no ano passado. Dois nomes já estariam certos no sindicato que vai tocar a operação. Um deles é o da própria Caixa, que vai usar as ofertas da casa para deslanchar seu banco de investimento. O outro é o de Morgan Stanley, que a assessorou na seleção dos novos parceiros, passo fundamental para a abertura de capital da Caixa Seguridade, holding que concentra os negócios em seguros do banco público.

Os planos da Caixa incluem o pedido da oferta pública inicial de ações junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início de fevereiro e a precificação da operação em abril.

A privatização da Caixa Seguridade servirá de modelo para outras áreas que devem ser vendidas pelo banco estatal. O próximo da fila é a operação de cartões, cuja venda está prevista para junho.

“É nítido a intenção deste governo de esvaziar a Caixa para depois acabar com ela. Eles estão invertendo a lógica. Há 159 anos a Caixa é o braço forte do desenvolvimento deste país, estando sempre ao lado da população nos quesitos mais básicos da vida de um ser humano, como habitação, saúde e educação. A Caixa deveria ser exaltada e receber investimento para aumentar com o seu papel social no Brasil. Nós defendemos a Caixa 100% pública. A Caixa é do Brasil e dos brasileiros. Não podemos aceitar esse fatiamento”, afirmou Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores o Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Por isso, os empregados da Caixa de todo o Brasil devem participar do Dia Nacional de Luta Em Defesa da Caixa, na próxima segunda-feira (13). O mote a ser difundido nas redes sociais é #ACaixaÉTodaSua. A categoria deve sair às ruas vestindo as camisetas e os broches da campanha ‘A Caixa é Toda Sua’, além de postarem em suas redes fotos e vídeos dos atos com a #ACaixaETodaSua. “A Campanha A Caixa é toda Sua foi lançada por todo o Brasil para divulgar a importância do banco público para toda a população e lutar contra a venda de áreas estratégias da instituição. Com a venda destas áreas do banco e a retirada do FGTS, o Brasil todo perde. Nós precisamos lutar contra esse desmonte”, completou Takemoto.

 

Contraf/CUT

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