LER/DORT estão entre as doenças que mais atingem bancári@s no país
Dia 28 de fevereiro é o Dia Internacional de Combate às LER/Dort, uma data instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2000, devido ao crescimento das doenças entre os trabalhadores e trabalhadoras em todo o planeta.
Você sabia que, no Brasil, os principais atingidos pela doença são bancários e bancárias? A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares (DORT) – que abrangem um significativo grupo de doenças: tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do pronador redondo, mialgias e tantas outras que provocam dor, inflamação e alteram a capacidade funcional daquele que atinge e, de acordo com a Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho), atingiu a categoria com 39 mil afastamentos em 2019.
Entre 2012 e 2016, 45% dos casos de afastamento de bancári@s pelo Instituto Nacional de Seguridade Social, INSS, eram consequência do LER/Dort.
Entre 2017 e 2021, 46% dos acidentes reconhecidos foram também de LER/Dort.
O tema é recorrente entre os profissionais que atuam em bancos – perdendo apenas para doenças psicológicas, como a depressão – e a pandemia pode ter contribuído com o agravamento das lesões. “O home office protegeu a categoria contra o Coronavírus, mas em contrapartida bancári@s trabalharam em locais inadequados, com internet ruim, com equipamento ineficiente e tudo isso também contribuiu para o aumento dos casos de LER/DORT”, explicou o diretor do Sindicato e secretário de Saúde, Adaílton Patrício.
“Essa é a segunda doença que mais afasta os trabalhadores/trabalhadoras e não atinge apenas os caixas, mas também os gerentes. Além disso, os bancos não respeitam as pausas e nós não temos ginástica laboral dentro das agências, o que agrava o quadro”, explicou.
Sintomas – É preciso ficar atento aos sintomas, que abrangem desde dor nos membros, dedos e dificuldades de movimento até formigamento e fadiga muscular. Importante destacar que se a pessoa permanece sentada por oito, dez horas seguidas, as chances são ainda maiores.
O tratamento consiste basicamente com uso de anti-inflamatórios e repouso, mas nas fases mais avançadas o uso de corticoides nas áreas comprometidas é indicado. Em casos mais graves, a fisioterapia pode ser recomendada e também intervenção cirúrgica.
E já que as instituições financeiras, apesar dos lucros, não investem na saúde dos trabalhadores/trabalhadoras, procure manter uma boa postura, com costas apoiadas nos encostos das cadeiras e ombros relaxados. Além disso, de hora em hora, levante-se e dê uma volta para alongar o corpo.
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