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Imprensa repercute intervenção da ANS na Cassi

O “Blog do Servidor”, do jornal Correio Braziliense, publicou na semana passada um texto afirmando que “Impasse pode provocar a venda da Cassi, plano de saúde dos funcionários do BB” (Banco do Brasil).

O texto traz informações sobre a reunião ocorrida no dia 24, na qual a diretoria da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil apresentou números e esclarecimentos sobre intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades de representação dos funcionários do banco.

O risco de a Cassi, instituição privada sob a forma de associação sem fins lucrativos, mudar de mãos é real, de acordo com Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresas dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o BB e a Cassi.

“A imprensa tem nos procurado e divulgado mais textos sobre o assunto. Isso mostra que a venda ou a alienação da carteira da Cassi encontra eco dentro do banco. Ou seja, que a medida é possível”, observou.

 

Intervenção

 

O texto informa que, no mesmo dia em que entrou com o processo de regime fiscal, o primeiro passo do processo de intervenção, a ANS nomeou Maria Socorro de Oliveira Barbosa como diretora fiscal. Lembra também que a Cassi ainda não apresentou um projeto de saneamento das contas, porque a operadora, maior instituição de autogestão de saúde do país, precisa resolver o impasse interno que provocou a intervenção.

O Blog do Servidor diz que o governo propôs extinguir os planos de saúde para os novos empossados por concurso público – somente quando se aposentassem – e elevar o percentual de contribuição (hoje o BB arca com 60% do total e os funcionários, com 40%) para 50% para as partes, a partir de 2022, entre outros itens de governança. Além disso, na prática, a proposta aumentava a contribuição dos servidores de 3% do salário para 4%. O banco, que arcava com 4,5%, passou a dispor de R$ 23 milhões por mês para cobrir o déficit crescente, que aumentou de R$ 109 milhões, em 2014, para R$ 378 milhões, em 2018, segundo dados da Cassi.

“Os beneficiários do plano não aceitaram o acordo. Como não houve consenso, a ANS instaurou o processo de intervenção fiscal. Chegamos a esse impasse. A Cassi não tem dívida no mercado. Há um descasamento entre custo assistencial e receita, o que gera insuficiência de margem de solvência em torno de R$ 800 milhões”, explicou Wagner Nascimento. “Não queremos a venda da carteira e sim a reabertura do processo de negociação”, completou.

A Contraf-CUT, seus sindicatos e federações filiadas e demais prepararam materiais explicando a proposta e as consequências da não aprovação da mesma que, segundo o Blog do Servidor.

Fonte CONTRAF CUT

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