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Começa a Campanha Nacional dos Bancários: comando entrega pauta aos bancos e luta pela defesa da Convenção Coletiva de Trabalho

Um ato lúdico realizado na quarta-feira, dia 13, realizado no Largo da Batata, na Capital Paulista, marcou o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2018 e a entrega da pauta de reivindicações, definida na 20ª Conferência Nacional dos Bancários por 627 delegados de todo o país, realizada entre os dias 8 e 10 de junho.

 

Esta campanha, que promete ser uma das mais desafiadoras da história da categoria por conta dos desmontes provocados pela Reforma Trabalhista, pleiteia aumento real de 5% mais reposição da inflação do período, Participação dos Lucros e Resultados (PLR) maior, defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e manutenção de todos os direitos e da mesa única de negociações.

 

Os bancários e bancárias também cobram o fim do assédio moral e defendem os bancos públicos e sua função social para o desenvolvimento do país. “A nossa campanha será uma das mais difíceis das últimas décadas e nosso principal objetivo é garantir nossas conquistas. Para isso, mais do que nunca, é fundamental que a categoria participe e apoie o movimento, fazendo-se presente em nossas reivindicações”, resumiu o presidente do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, Luis Carlos dos Santos.

 

A última campanha, realizada em 2016 e finalizada após 31 dias de greve, conquistou um acordo de dois anos, mas aconteceu antes do golpe que levou Michel Temer (MDB) à presidência. “A primeira medida do Comando Nacional é solicitar aos bancos um pré-acordo para que as cláusulas da CCT atual sejam mantidas até que um novo acordo seja celerado”, explicou o presidente.

 

Bancários do Santander lutarão pela defesa da democracia e pela redução das taxas de juros e serviços bancários

 

Os bancários e bancárias do Santander definiram juntos a minuta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco com alterações pontuais e decidiram que, além da manutenção dos direitos, também lutarão pela democracia, redução das taxas de juros e tarifas bancárias e negociarão um Termo de Compromisso para que o banco negocie com os Sindicatos sempre que tomar alguma medida relacionada à nova legislação trabalhista. Outro ponto levantado é a renovação do acordo com os termos de compromisso do Cabesp (plano de saúde dos funcionários do antigo Banespa) e Banesprev (fundo de previdência dos funcionários do antigo Banespa). Participaram das discussões sobre o Santander os diretores Isane Silva, Gláucia Iano dos Santos e Jessé Costa.

 

Delegados da CEF reiteram defesa da Funcef e seus participantes

 

A posição dos delegados e delegadas da Caixa Econômica Federal é a de defesa da Funcef, além de soluções imediatas para o problema gerado pelo contencioso judicial (maior fator de déficit nos planos de benefícios) e ajustes na metodologia de revisão do Estatuto para assegurar a representatividade dos participantes e dar mais transparência ao processo. O diretor Roberto Leite participou dos debates sobre a defesa da Caixa 100% Pública e sobre a defesa da Funcef e seus participantes.

 

Funcionários do Itaú debatem emprego e condições de trabalho

 

Os 91 delegados e delgadas que representaram os funcionaríos do Itaú no Encontro Nacional debateram temas como Emprego e Condições de Trabalho, programas próprios de remuneração e apresentaram o balanço do Grupo de Trabalho de Saúde dos planos de previdência da Fundação Itaú.

 

Os coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú defendem que o papel do banco, que transformou-se no maior do país ao apoiar e financiar o golpe contra a presidenta Dilma, é de garantir o emprego e as boas condições de trabalho, além de dividir os lucros de forma justa. Durante o encontro, que teve a participação das diretoras Silvana Kaproski, Adjanete Matias Sever e do diretor Gilmar Hermano de Oliveira, ficou aprovado que o único ponto que a COE continuará a discutir com o banco é a SQV, cláusula 65 e o PCR para 2019/2020.

 

Colabadores do Banco Mercantil do Brasil repudiam postura truculenta da instituição

 

Após dois dias de reunião, os bancários e bancárias do Banco Mercantil do Brasil definiram uma minuta de reivindicações específicas que serão negociadas com a instituição e definiram estratégias para o próximo período. Entre os itens abordados estão a melhor distribuição do PLR, a implementação de um plano de carreira, cargos e salários, fim de metas abusivas, fim do assédio moral, melhores condições de saúde e trabalho para os funcionários do banco, além da elaboração de uma moção de repúdio contra a postura truculenta e antidemocrática do MB contra os clientes e trabalhadores. Os debates tiveram a presença do diretor Luis Manoel Freitas.

 

Representantes dos trabalhadores do Bradesco posicionam-se contra aumento do lucro às custas da redução dos postos de trabalho

 

Durante a reunião que definiu a minuta de reivindicações do Bradesco, bancários e bancárias da instituição posicionaram-se contra o aumento do lucro às custas da redução de postos de trabalho e sobrecarregamento dos funcionários e funcionárias.  Outro ponto abordado foi o crescimento da receita com a prestação de serviços e tarifas cobradas dos clientes, que faturou R$24 bilhões, valor suficiente para cobrir as despesas com pessoal e ainda sobrar R$3 bilhões. “A ideia é politizar essa campanha nacional, debater a conjuntura com os trabalhadores e trabalhadoras e conscientizá-los sobre o poder que a classe trabalhadora tem para mudar esse cenário”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, Luis Carlos dos Santos, que também é bancário do Bradesco e que participou das discussões com Valdenir Medeiros da Silva, o Zinho, e Mônica Rochedo Cunha.

 

Bancários do Banco do Brasil discutem Saúde e Condições de Trabalho e a importância dos bancos públicos

 

O ataque aos bancários, bancárias e bancos públicos foi um dos principais temas da discussão entre os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil. O destaque ficou por conta da palestra de Jair Pedro Ferreira, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), que explicou a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento do país.

 

A Previdência Complementar e a tentativa de aprovação do Projeto de Lei 268 – que visa terceirizar a gestão dos fundos de pensão, uma tentativa de golpe da Previ – também foram abordados. E por fim, os debates, que tiveram a presença do diretor João Cardoso, abordaram os temas Saúde e Condições de Trabalho onde Humberto Santos Almeida, diretor de Planos de Saúde e Relacionamentos com clientes da Cassi, desmentiu o governo ao afirmar que a Cassi é sustentável e gasta apenas 8% de seu orçamento enquanto o mercado gasta 12%, e creditou à irresponsabilidade do governo as dificuldades pela qual os trabalhadores vêm passando ao ampliar o assédio moral e obrigar bancários e bancárias a aceitarem as propostas absurdas do banco.

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