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Bancos online crescem durante pandemia e número de contas virtuais ultrapassam a marca dos 60 milhões no país

Se não pode derrotá-los, junte-se a eles! O isolamento social e a criação de hábitos no chamado “novo normal” impulsionaram os bancos digitais no Brasil e estão fazendo com que os bancos tradicionais também pensem em novas alternativas para atendimento virtual.  É fato que as instituições já consolidadas têm mais poder financeiro e alcance, mas é inegável o crescimento de marcas como Nubank , Picpay e Mercado Pago e juntas já somam mais de 60 milhões de contas virtuais no Brasil.

 

 

As propostas são sedutoras, os bancos virtuais prometem maior rendimento na poupança, sem tarifas de manutenção das contas, cartões de crédito com zero anuidade, empréstimos com juros menores e têm alcançado seus objetivos, já que conseguiram dobrar sua carteira de clientes durante a pandemia e dispararam três anos na corrida por maior presença no setor.  “As instituições buscam lucro, isso é fato, então elas perceberam que o acesso à internet abriu um novo nicho e o estão explorando. Os bancos digitais estão vindo com tudo, ganhando cada vez mais espaço no mercado mundial e me preocupa muito em como toda essa ‘tecnologia’ refletirá no emprego dos bancários e bancárias”, comentou o presidente do Sindicato, Luis Carlos dos Santos.

 

 

Um levantamento realizado pela UBS Evidence Lab em 2020, o download de aplicativos dos novos players ultrapassou a de instituições tradicionais, como Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Em 2019, ano pré-pandêmico, a participação dos maiores bancos era de 52% e dos novos 48%, entretanto, essa posição foi invertida no último ano, elevando os bancos digitais a uma fatia de 52%.

 

 

Esse ganho de terreno pelos bancos digitais tem imposto às instituições tradicionais a aceleração da digitalização, o que nos leva a crer que esse é um caminho sem volta. Bancos já estão implantando serviços digitais na tentativa de segurarem seus clientes e evitarem as perdas, a exemplo dos pagamentos instantâneos do sistema PIX e do Open Banking, que entra em vigor ainda este ano.  “É um mercado que tende a ganhar cada vez mais clientes nos próximos anos, a nossa missão diante de tanta inovação tecnológica é proteger o emprego bancário, não permitir a precarização das relações de trabalho, avançar tecnologicamente e ao mesmo tempo proteger os direitos já conquistados, será um grande desafio para todos”, finalizou Santos.

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