A luta indígena em tempos de governo neoliberal
O período obscuro que vive o Brasil talvez seja o mais violento contra os índios desde que Cabral aportou no país em 1.500. Bolsonaro cumpre tudo o que prometeu em sua campanha e tem atacado os direitos desses legítimos brasileiros, lançando um ataque sem precedentes com o objetivo de destruir os povos indígenas e entregando suas terras ao garimpo, aos madeireiros e integrando-os a força à “civilização”.
No dia em que se comemora o Dia do Índio (19 de abril) esse povo não tem o que comemorar, já que cada vez mais os mandatários do poder (leia-se políticos e grandes empresários) tem violado seus direitos, criminalizando os indígenas perante a sociedade e vitimando os que não se curvam aos seus mandos e desmandos, exemplo disso é que em 2019 oito índios foram assassinados, o maior número registrado desde 2008.
É importante compreender que cada ataque sofrido pelos povos indígenas do país faz parte dos planos do estado de extinguir seus direitos e, posteriormente, suas vidas para que possam tomar posse daquilo que não lhes pertence, isso sem contar com a violência de grileiros e latifundiários.
Os ataques começaram logo nos primeiros meses de 2019, com a retirada da demarcação de terras da Funai, com um assessor do Ministério da Agricultura comandando operação que matou indígena no Mato Grosso do Sul, com permissão de armamento e a já falada exploração mineral e imobiliária das terras indígenas. “Os índios estão pagando com a própria vida, precisamos nos organizar enquanto sociedade para protegê-los. Essa é uma pauta urgente, a cultura e a vida precisam ser preservadas, agronegócio, mineração e especulação imobiliária não justificam a morte de nenhum indígena”, explicou Luis Carlos dos Santos, presidente do Sindicato.