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Resistência é destaque na 9ª Oficina Rede UNI América Mulheres

Encontro ressaltou a importância do combate à violência contra a mulher.

 

 

Representantes da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP) participaram, entre os dias 2 e 5 de junho, da 9ª edição da Oficina da Rede Uni Américas Mulheres. O encontro, realizado na Praia Grande, em São Paulo, teve como tema principal “O desmonte de direitos sociais e os impactos na vida das mulheres”.

 

O evento contou com 68 participantes e uma cota de 30% de homens. Também estiveram presentes outras entidades filiadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais filiadas à Rede Uni Américas.

 

Segundo Maria de Lourdes (Malu), secretária de Políticas Sociais da FETEC-CUT/SP, nos últimos cinco meses o Disque-Denúncia 180, teve 40% da verba reduzida.”As Casas da Mulher Brasileira que foram criadas para acolher as mulheres vítimas de violência, infelizmente nos governos de Jair Bolsonaro e João Dória, tiveram seus orçamentos cortados”, explica a dirigente. “Um exemplo é o da Casa da Mulher Brasileira, no Cambuci, São Paulo, que até hoje não foi inaugurada e está jogada às traças”, completa.

 

Com palestrantes renomados, como Moisés Marques, Dora Incontri, Denise Motta Dau, Lucas Bulgarelli, dentre outros, os participantes puderam se aprofundar nos debates sobre as mudanças políticas e tecnológicas, desigualdades sociais, preconceitos e conservadorismo em meio a um contexto político de crise, aprofundamento das desigualdades sociais no Brasil e avanço do neoliberalismo nas Américas.

 

O destaque este ano se deu com a participação das redes Argentina e Uruguai, que além da troca política da conjuntura de seus países, socializaram com os presentes a importância do programa de formação de tutorias, ministrado pela rede Uni Américas.

 

Uma atividade lúdica marcou o final do dia 3 de junho, data esta que marca o movimento Nem Uma a Menos, iniciado em 2016, na qual, na mesma data,  ocorreu o assassinato de Chiara Páes, de 14 anos, grávida, e outras 4 mulheres, incluindo Lúcia Pérez, de 16 anos, que foi drogada, estuprada e empalada na Cidade Costeira de Mar del Plata em um dos feminicídios mais brutais já registrados na Argentina. O protesto chamou a atenção da população para este grave problema enfrentado pelas mulheres no mundo.

 

Campanha de Combate à violência contra a mulher

 

Um dos principais encaminhamentos da 9º oficina da Rede Uni Américas Mulheres é ressaltar a importância do combate à violência contra a mulher. As mulheres decidiram criar uma campanha na rede social, Twitter, com o uso da hashtag #UniSororidad, que será utilizada todos os dias 25 de cada mês com o objetivo de sensibilizar a sociedade contra os feminicídios.

 

“A redução dos investimentos e o não repasse das verbas para políticas públicas de enfrentamento e combate a violência, afetam de forma drástica a vida das mulheres”, finalizou Malu.

 

Fonte: FETEC-CUT/SP com Contraf-CUT

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