Abertura de agências do Santander tem atraso de uma hora por Dia Nacional de Luta contra terceirizações no setor

A luta por melhores condições de trabalho e contra as terceirizações motivaram uma mobilização nacional para pressionar os bancos a reconsiderar tais contratações que responsabilizam funcionári@s como bancári@s, mas que não os remuneram como tal. Com a #TerceirizaçãoNão, a diretoria do Sindicato d@s Bancári@s de Guarulhos e Região aderiu ao Dia Nacional de Lutas e atrasou a abertura das agências do Banco Santander nas ruas Capitão Gabriel, Felício Marcondes, Cachoeira e também no Bosque Maia. 

 

A manifestação também se pela falta de respeito do Santander na negociação do acordo específico com o banco. A próxima rodada está marcada para sexta, 23 de agosto. A instituição tem todas as condições de atender as reivindicações apresentadas pel@s bancári@s, pois tem apresentado crescimento significativo dos lucros graças ao trabalho desempenhado pela categoria.

 

Apenas nos primeiros seis meses de 2024, o Santander registrou lucro de R$6,18 bilhões, um crescimento de 46,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Resultado expressivo, conquistado mesmo diante da sobrecarga de trabalho, demissões, assédio moral e ao crescimento de clientes.

 

Mesmo diante de resultados tão surpreendentes, o Santander encerrou o primeiro semestre com 55.091 trabalhador@s, uma redução de 80 vagas em um período de doze meses. Em contrapartida, a carteira de clientes não para de crescer, já que registrou aumento de 3,9 milhões de novas contas em relação a junho de 2023, totalizando 67,2 milhões. 

 

“No dia 21/08, tivemos mais uma proposta com retirada de direitos, primeiro a desculpa era por conta da concorrência, agora a Fenaban argumenta que bancos menores não têm condições de remunerar a categoria da mesma forma que os bancos grandes, mas nós sabemos que eles têm sim condições de repor a inflação, proporcionar aumento real e valorizar os trabalhador@s. Estamos retardando a abertura das agências, queremos resolver as questões nas mesas, mas se for preciso ampliaremos o movimento”, pontuou Jessé Costa, diretor do Sindicato e bancário do Santander.

 

Violência contra trabalhador@s – A mando do Santander, a Polícia Militar agiu com truculência em manifestação pacífica realizada em frente ao Radar Santander, Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, pelo Dia Nacional de Lutas.

Nem mulheres foram poupadas, os PMs tentaram dispersar manifestantes com armas de ch oque e até o deputado Estadual Luiz Cláudio Marcolino, que estava no local apoiando as reivindicações da classe trabalhadora, foi agredido.

 

“O movimento sindical exige uma apuração rigorosa dos fatos e que os envolvidos sejam responsabilizados, além disso o Santander precisa vir a público se posicionar contra a barbárie que presenciamos nesta manhã. Nós queremos nos manter no campo das ideias, nas negociações na mesa, por paralisações pontuais para pressionar os banqueiros, violência jamais será aceitável”, concluiu Adjackson Morais, presidente do Sindicato.